terça-feira, 23 de junho de 2009

Atividade de Leitura e Escrita

História: "Dona Baratinha"

DONA BARATINHA

Era uma vez, no tempo em que os bichos falavam, uma baratinha muito trabalhadeira. Ela gostava de manter sua casinha sempre limpa e em ordem, com os móveis bem espanados, as panelas brilhando e vasos de flores espalhados por todo canto.
Um dia, ela estava varrendo a casa, quando encontrou, atrás da porta, três moedas de ouro. Naquele tempo, as coisas eram baratas, e uma moedinha de ouro tinha um grande valor. Por isso, Dona Baratinha ficou feliz com seu achado e logo fez uma lista de tudo o que precisava comprar.
Mobiliou de novo a casa inteira, mandou fazer um enxoval muito bonito, comprou roupas e sapatos novos e ainda sobrou dinheiro. Quando já não sabia mais o que comprar, Dona Baratinha guardou o resto do dinheiro dentro de uma caixinha.
Agora que estava rica e elegante, que tinha uma casa com mobília novinha e um lindo enxoval guardado no baú, Dona Baratinha achou que estava na hora de se casar.
À tardezinha, vestiu as roupas mais bonitas, fez um belo penteado com um lindo laço de fita e, toda perfumada, foi para a janela esperar os pretendentes.
Ela cantava:
- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
O primeiro a aparecer foi o cavalo, o animal mais elegante da cidade. Ao ver Dona Baratinha na janela, toda bonita e perfumada, o cavalo a cumprimentou com educação, e ela aproveitou para cantar:
- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
- Oh! Tão linda senhorita, claro que quero!
- Diga primeiro, cavalo, como é que você faz quando dorme?
O cavalo se preparou, estufou o peito e deu um relincho tão forte que Dona Baratinha, assustada, respondeu:
- Deus me livre de tal noivo, relinchando dessa maneira. Terei sustos o dia todo e medo a noite inteira!
Triste, de orelhas caídas, lá se foi o cavalo, afastando-se pela estrada.
Dali a pouco, Dona Baratinha viu aproximar-se, com passos lentos, um boi. Ela cantou sua música, o boi respondeu que aceitava se casar com ela. Então, ela lhe pediu que mostrasse como fazia à noite quando dormia. E o boi mostrou:
- Muuuuuu!
- Deus me livre de tal noivo! Que barulho assustador!
E lá se foi, desiludido, o pobre boi.
Depois do boi, apareceu o cachorro. Dona Baratinha gostou bastante do novo candidato: era valente, esperto, alegre, mas ela não deixou de lhe fazer a mesma pergunta. Quando o cachorro soltou seu forte latido, Dona Baratinha quase morreu de susto e disse:
- Não, não e não! Desse jeito não conseguirei dormir.
E ali ficou ela mais um tempão, debruçada na janela, cantando sua canção. De repente, viu desfilar à sua frente um charmoso gato branco.
- Que belo gato! – disse ela – E cantou para ele: “Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?”
E o gato disse:
- Que maravilha de senhora, claro que aceito.
- Diga primeiro, gato, como é que você faz à noite ao dormir?
O gato soltou um miado tão fino que Dona Baratinha até tremeu de susto.
- Deus me livre de tal noivo, miando dessa maneira!
Dona Baratinha ficou desanimada. Não aceitou nenhum dos bichos como noivo. Já estava quase desistindo da idéia de arranjar um noivo, quando viu Dom Ratão virar a esquina. Ele vinha todo elegante. Assim que passou debaixo da janela, Dona Baratinha resolveu fazer mais uma tentativa e cantou sua canção:
- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
O rato, ouvindo, respondeu rapidamente:
- Oh! Linda, maravilhosa e perfumada senhora, claro que aceito.
Então, ela lhe pediu que mostrasse como era o barulho que ele fazia à noite.
O rato fez para a futura noiva ouvir o seu “Qui... qui... qui...” suave.
Dona Baratinha apreciou a voz do rato e foram, então, combinar a data do casamento.
Providenciaram tudo – convites, enfeites, trajes – e marcaram o casamento para dali a dois dias.
Dona Baratinha e Dom Ratão contaram com a ajuda de vários parentes e amigos. A bicharada recebeu o seguinte convite:

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