domingo, 2 de dezembro de 2007

As danças

As quadrilhas - tradição e modernidade

Dança típica das festas juninas, a quadrilha é considerada uma herança do folclore francês acrescida de manifestações típicas da cultura portuguesa. Ela é inspirada na contradança francesa e sua origem, no Brasil, está na chegada da corte real portuguesa, no começo do século passado. Com D. João VI, que fugia do avanço das tropas de Napoleão Bonaparte, além de artistas franceses, como Debret e Rugendas, vieram também os modismos da vida européia, dos quais um dos favoritos era a quadrilha, dirigida por mestres franceses da contradança.
Muitas das ordens desta dança transformaram-se em comandos típicos da quadrilha “caipira”, como os termos "anarriê" (en arrière, que significa "para trás”) ou "anavã" (en avant, que significa "em frente”), "changedidame" (changer de dame, ou seja, "trocar de dama"), "chemandidame" (chemin de dame, “caminho de damas”) ou "otrefuá" (autre fois), ”outra vez”. Ela foi a grande dança dos palácios do século XIX e abria os bailes das cortes em qualquer país europeu ou americano, tendo se popularizado reinterpretada pelo povo, que lhe acrescentou novas figuras e comandos, constituindo o baile em sua longa e exclusiva execução, composta de cinco partes ou mais, com movimentos vivos e que terminava sempre por um galope.
Na época da Regência a quadrilha era enorme sucesso no Rio de Janeiro, trazida por mestres de orquestras que tocavam músicas de Musard e Tolbecque, os “pais” das quadrilhas. Foi adotada pelos compositores nacionais que lhe deram um “sotaque” brasileiro. Assim disseminou-se por todo o Brasil e a partir dela apareceram muitas variações no interior do país, como a “quadrilha caipira” no interior paulista, o “baile sifilito”, na Bahia e em Goiás, a “saruê” (que dizem ser corruptela de soirée) do Brasil central e a “mana-chica” (Pinho, 1942; Cascudo, 1969; Almeida, s/d). Atualmente só é executada nas festas juninas, das quais se tornou a música símbolo (Almeida, s/d).




Mais informações sobre a Festa Junina no site:http://www.aguaforte.com/antropologia/festaabrasileira/AsFestasJuninas.html

2 comentários:

EE Profº Adolfo Trípoli disse...

Querido professor Marcos, este Blog do Tripoli está mesmo um LUXO!!!!

Adorei!!!!!!!!!!!

Meu deixa só acabar o portifólio que coloco mais fotos e comentários...

Abraço,
Prof. Maria Theresa
Artes.

Cristiane disse...

Marcos, você é uma pessoa especial!!! Somente você para pensar em realizar esse Blog. Adorei!!!!
Profª Cristiane