domingo, 30 de dezembro de 2007

Matéria sobre a Expodeco publicada no Jornal Diário Oficial

Matéria no D.O. http://www.dcoeste.com.br/diariooficial.pdf

EXPODECO MOSTRA TRABALHOS ARTÍSTICOS
E PERFORMANCES DE ALUNOS DE 75 ESCOLAS



Cerca de 4 mil estudantes apresentaram e conferiram
shows musicais e participaram de oficinas pedagógicas


Alunos fazem a dança do coco: manifestação cultural originada no litoral nordestino


Entre os dias 11 e 13 de dezembro, a Secretaria Estadual da Educação (SEE) promoveu, na capital, por meio da Diretoria de Ensino Centro-Oeste, a quarta edição da Expodeco. Sob o tema Dividir para somar, o evento foi realizado na EE Prof. Antonio Alves Cruz, no bairro de Pinheiros. Em destaque, os trabalhos apresentados pelas 75 escolas estaduais abrangidas pela Diretoria.

As instalações da escola foram adaptadas para receber os quatro mil alunos da Diretoria Centro-Oeste e seus trabalhos. Do total de estudantes, mil deles se apresentaram no palco montado no pátio e integraram atrações musicais, de dança, teatro, capoeira e corais. Os demais criaram maquetes e recepcionaram os visitantes nas salas de aula, onde havia exposições artísticas e pedagógicas.

A programação da Exposição da Diretoria Centro Oeste (Expodeco) incluiu oficinas de panificação, produção de brinquedos, reciclagem de materiais e campanhas de saúde, como prevenção ao fumo, álcool, drogas e doenças sexualmente transmissíveis.

O público também conheceu atividades de empresas e entidades parceiras das escolas nas atividades, como Unibanco, Bunge Alimentos, Siemens e o Projeto Aprendiz, do jornalista Gilberto Dimenstein.

Walkyria, na oficina de caricaturas

Segundo Walkyria Ivanaskas, líder da diretoria Centro-Oeste de ensino, a Expodeco é uma confraternização anual que celebra todo o trabalho realizado ao longo do ano letivo nas escolas. "O planejamento do evento é sempre feito no ano anterior. Cada escola pôde escolher os temas de seus trabalhos e selecionar internamente os melhores, depois encaminhados à Expodeco", explica.


EGITO E ARQUEOLOGIA

Ao longo do segundo semestre, a professora de História Maria José de Rosas, da EE Augusto do Amaral, orientou seus alunos em um trabalho sobre arqueologia. A atividade teve apoio e supervisão do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP. E o resultado foi uma exposição com maquete e um diário de uma expedição. Este conjunto foi integrado à mostra de uma escola vizinha, que retratou os faraós do Egito e complementou a exposição com fotos e pequenas múmias, feitas com bonecas enfaixadas.

Profª Maria José, com alunos da EE Augusto do Amaral; exposição teve múmias produzidas com bonecas


Numa sala ao lado, na oficina de vídeo e caricaturas, um grupo de professores e pais de alunos assistiu à peça Navio Negreiro e a um clipe montado na EE Alexandre Von Humboldt. Na coreografia, um aluno homossexual dubla a cantora norte-americana Gloria Gaynor e os colegas participam do coro. "Havia a preocupação de como a comunidade escolar reagiria ao fato. No final, a experiência foi muito rica, sublinhou a tolerância e o respeito à diversidade", explica Rosana Silva, orientadora pedagógica da escola.


DANÇA DO COCO

Na programação do dia 11, um dos destaques foi a apresentação das quartas séries da EE Prof. Adolfo Trípoli, da Vila Sônia. O grupo, treinado pelo professor de educação física Marcos Leão Cruz, apresentou a dança do Coco de Roda, originada no litoral dos Estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco.

O Coco de Roda surgiu com os cânticos entoados pelos escravos durante o processo manual de quebra do coco com pedras. A representação cultural também teve influência indígena e portuguesa. A despedida do show foi uma chuva de pétalas de rosas sobre a platéia. "O objetivo da dança, assim como das aulas de capoeira e de maculelê, é valorizar a cultura africana e reforçar o traço negro na formação da cultura e identidade brasileiras", explica o professor Marcos.

Os alunos Bruna Arine e Allef Souza ensaiaram a Dança do Coco desde o início do ano. Na primeira apresentação da coreografia, na EE Prof. Adolfo Trípoli, a estudante conta que seus pais até choraram quando a assistiram. "Tínhamos medo de errar os passos, mas o professor nos ensinou a jamais desistir. Hoje estamos todos orgulhosos", afirmou.


TRABALHO RECONHECIDO

A educadora Paula Modenesi Ribeiro, da EE Ludovina Credídio Peixoto foi uma das homenageadas na 4ª Expodeco. Seu projeto Auto-retrato, foi um dos dez premiados em 2007 pela revista Nova Escola, da Editora Abril. A iniciativa motivou 450 estudantes do ensino fundamental a buscar e representar, por meio de elementos artísticos, sua própria identidade.

Paula conta que o trabalho foi desenvolvido ao longo de todo o ano letivo. Incluiu mostrar auto-retratos de artistas como a pintora mexicana Frida Kahlo e pesquisas familiares, com o resgate de fotos dos pais e avós das crianças. No final, o resultado foi uma exposição, durante dois dias, nas paredes e instalações da escola, de 450 telas pintadas a guache. "O objetivo é reforçar a auto-estima do aluno, valorizar sua origem e ampliar a formação educacional", finaliza.


Rogério Silveira
Da Agência Imprensa Oficial
Crédito fotos: Fernandes Dias Pereira

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo do Diário Oficial do Estado de SP do dia 15/12/2007.


Também pode ser vista no site da D.E.C.O.: http://www.dcoeste.com.br/diariooficial.pdf
site pessoal do Jornalista: http://www.rogeriosilveira.jor.br/reportagem2007_12_15_expodeco_mostra_trabalhos_75escolas_capital.php
E no site do Governo do Estado de São Paulo, que a reproduziu em: http://www.saopaulo.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=90288&c=6&siteID=1

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