terça-feira, 7 de setembro de 2010

O cuidado que devemos tomar ao exercitar o uso do termo cidadania é o de não deixar que se esvazie de seu significado e se torne uma banalização cotidiana, desprovida de sentido prático, ético e político e, principalmente, que se perca o compromisso com a construção de ações cidadãs.

Sendo assim, o espaço da sala de aula se torna o melhor lugar para ensinar os alunos a exercitarem as noções de direitos e deveres. Ou seja, é no ambiente escolar que os alunos, juntamente com os professores, terão a oportunidade de conhecer a dimensão de cada caso e a diferenciação entre "ser cidadão" e "exercer a sua cidadania". Para tanto, a escola deve em conjunto, (direção, coordenação, corpo docente, corpo discente e demais funcionários) aprender a ouvir.
O professor que educa seu aluno como cidadão, atua como mediador do conhecimento, sensível e crítico, aprendiz permanente, orientador, cooperador curioso e, sobretudo, um cidadão. Como nos fala o titular da Faculdade de Educação de São Paulo (USP) e diretor do instituto Paulo Freire, Gadotti, ensinar não pode ser entendido e praticado nos dias de hoje como transferência de conhecimentos e sim como uma possibilidade de criar possibilidades para produzir e construir conhecimento.
O aluno educado por uma escola comprometida com um projeto político - pedagógico, cuja base seja a cidadania, é sujeito da sua formação. Torna-se curioso, autônomo, motivado para aprender, disciplinado, organizado, solidário e, sobretudo, cidadão do mundo.
*Anriet Barros de Siqueira e Mira Carla Prado de Noronha são psicólogas e coordenadoras do PROCAE

Fonte: http://www.educareaprender.com.br/Ensino_artigos.asp?RegSel=6&Pagina=2

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